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Você já notou seu estilo?

Sentado do lado de fora, observo tudo com olhos de águia. Como se tira uma roupa, tirei minha própria carapaça humana e observo e analiso meu estilo com um olhar diferente. Aliás posso também observar todos, com seus respectivos estilos. Há alguns deles que você conhece e poderá reconhecer, por exemplo : 


O maratonista Kipchoge, serenamente fluído com seus movimentos e com a determinação máxima humana de provar que o ser humano é capaz de tudo isso e muito mais . 




O nadador australiano Ian Thorpe, que ao entrar na água, sentia-se em casa. Mas o furor de seus pulmões expandindo e contraindo à medida que o corpo deslizava numa potência sobrenatural. Não era com resistência, mas um furor de uma provação pessoal.




A suavidade da ginasta Katelyn Ohashi, que ao performar sua apresentação misturou-se inteiramente com sua apresentação. A  plateia inteira arrepiou-se ao ver a arte de sua alma exposta. E como todas as artes assim, emocionava a todos.



Daqui, desse poleiro, penso em mim e naqueles que conheço. Cada qual tem suas braçadas, jeito de guiar a bicicleta ou passadas exatamente do jeito que pensam, sentem e são. 

Aqueles impulsivos, uma braçada mais agressiva . Aqueles que dominam a força, adquirem uma rotação mais baixa no ciclismo. Aqueles loucos por velocidade, têm dificuldade de segurar o ritmo e correr devagar. 

Também vejo que como sentem e pensam sobre si mesmos, assim o são: os confiantes que acreditam que podem, podem. Os temerosos e incertos sobre si, performam com a incerteza e medo. Pelo menos até mudarem seus conceitos .  

Falando de mim. Sim, ganhei títulos incríveis e inéditos para muitos no triathlon. E foi maravilhoso, afinal como sente-se já o é. E eu sentia esse sonho comigo. E era poderoso . 

Ainda assim , vejo meu rigor em ser “cabeça dura”. Correspondia a mim com algumas articulações mais rígidas, uma falta de entender a opinião do outro.

Nisso , meu corpo aderiu aos meus conceitos e me exponho em cada esporte .

  1. Minha coluna torácica ficou mais rígida. Ombros também: fortes e um pouco presos.   Por consequência todos tempos e melhorias que obtive na natação foram com um rigor extremo. E que não poderia ser diferente na época . E melhorei sim, bastante. Mas até um limite.

  2. Meu ciclismo é meu ponto forte . Pois anseio por descobrir o impossível. Acelero até onde meus medos não me traem. E, sinceramente, não tenho muitos. Soma-se a isso a capacidade de suportar esforço por muito tempo. A energia do meu corpo é reposta com alimentos e a natureza . Coisas que o pedalar tem de sobra.

  3. A corrida é bastante pé no chão. Eu a dominava naturalmente e ela correspondia desde minha infância. Se hesitei depois, por lesões ou por incertezas, repercutiu totalmente nas passadas. Toda rigidez mental e reflexões sem sentido depositaram alguns lastros que diminuíram sensivelmente o meu ritmo. Observo facilmente isso.


Entretanto, nem tudo precisa continuar da mesma forma. Como tudo tinha que ter sido, foi exatamente.  Mas não necessariamente precisa continuar. É possível mudar de opinião, pensar melhor ocasionará uma ação melhor. Essa frase é importante pois é bom aceitar e agradecer o que foi e viver melhor desse agora pra frente. 

Como solução aos itens 1 a 3 , pessoalmente moldei minha mente a ser mais flexível e aos poucos meu corpo vai se soltando na água. Com o ciclismo tento achar o equilíbrio em impulso, emoção e sensatez. Enquanto que procuro limpar minha corrida com a pureza de minha mente, provando que não há motivos para não desfrutar cada respiração, cada passada sendo exatamente satisfeito por elas. E aos poucos meu corpo fica mais leve a cada dia . 

Não sei  totalmente o resultado disso tudo mas intrinsecamente e intuitivamente sei que é assim que é pra ser, pois cada dia meu coração se renova por exercitar minhas capacidades fisiológicas e psicológicas. E sinceramente isso é mais importante que outras coisas. Por exemplo, eu posso até acenar para este olhar agora que me analisa e ambos sorrimos . 

Penso que é importante um exame de consciência para perscrutar seu esporte, personalidade e ações para poder tirar o melhor proveito delas. Como rendimento certamente , como felicidade ainda mais,  em correspondência.  A análise que proponho pode escancarar feridas , mas tudo bem. Só precisa querer aceitar e agir um pouco melhor pra frente. 

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